quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Manifestantes organizam protesto contra reajuste da Cisne





 
 
Um grupo de manifestantes realizará, na próxima segunda-feira (31), um protesto contra o aumento do valor da passagem do transporte coletivo de R$ 2,55 para R$ 2,70. Os integrantes do movimento sairão às 16h da praça Laércio Brandão – ao lado do terminal rodoviário Genaro Mafra - e passarão pela avenida João Pinheiro rumo a porta da Prefeitura, onde haverá protestos.
 
A mobilização contra o aumento do valor do transporte coletivo municipal começou na Internet por meio de uma comunidade intitulada “Diga não ao aumento da Cisne”,http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109314981, criada em um site de relacionamento, pela estudante Renata de Freitas Nepomuceno de Souza. Ela argumenta que a passagem em Itabira é uma das mais caras na região e que o preço é injusto. Cerca de 550 pessoas que participam da comunidade concordam com a estudante.
 
Segundo o gerente-geral da empresa Transportes Cisne, Albino José Pinheiro, a mobilização é válida e de direito, no entanto, os manifestantes deveriam conhecer como é feito o reajuste da passagem e entender que não é a empresa Cisne que determina o valor. “Para colocarmos o preço ou reajustar a passagem do transporte coletivo, existe uma fórmula que analisa vários itens e o resultado final é o valor que se deve ter a passagem para cobrir os gastos de tudo que é analisado”, explica.
 
De acordo com Albino, a fórmula analisa dados como: número de ónibus existentes, quantidade de pagantes e de gratuidade, preço da mão de obra, do combustível, da quilometragem gasta pelos veículos entre outros. “Um ônibus anda 2 km com um litro de diesel que custa 1,87. Se a passagem tivesse um preço muito reduzido não conseguiríamos cobrir nem os gastos com combustíveis”.
 
Em relação a pedidos para aumento da quantidade de linhas e veículos, o gerente diz a empresa é apenas uma prestadora de serviço público e não tem autonomia para modificar essas questões. “Seguimos regras de um contrato que estipula, por exemplo, a quantidade de pontos existentes a cidade, assim como o número de linhas e veículos”,explica.
 
4,5 mil andam de graça todo dia
Conforme o gerente, o que torna o valor da passagem alto é a gratuidade para alguns, que gira em torno de 4,5 mil pessoas por dia e este benefício é mantido pelos pagantes.  Para ele este problema poderia ser resolvido se em Itabira existisse a “câmara de compensação, como existe em algumas cidades, como em Belo Horizonte, que consiste na reposição pela prefeitura do gasto que há com gratuidade da passagem.
 
O valor da passagem do transporte coletivo é definido pela Cisne, em conjunto com uma comissão formada por representantes da Polícia Militar, Transita, Sindicato dos Rodoviários e Interassociação – Centro de Referência das Entidades Comunitárias de Itabira, que é a representante da comunidade no grupo.
 
Para Albino, é importante que os manifestantes saibam dessas informações e sugeriu ainda que os organizadores do movimento procurem a prefeitura e consultem o contrato da Cisne com o município “ O contrato é público e aberto a todos, inclusive à comunidade”. O gerente ainda se colocou à disposição para receber os líderes do movimento contra o reajuste (que até o momento não entraram em contato), para esclarecer o que for necessário.

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